sábado, 25 de outubro de 2008

Chove chuva...


Boa noite, pessoal!

Ai vai uma fotinho da nossa saída, abaixo de muuuita chuva. Chuva essa que nos perseguiu durante todo o caminho. Mas como o otimismo sempre tem que prevalecer encarei como um bom sinal, me lembrei daquela música que diz assim "Deixa chover, deixa. A água é lágrima divina e vai purificar..."

Ah, quero mandar um beijão para a Eliene e para a Maria Fernanda, palavras tão queridas na nossa saída de casa.

Feliz Aniversário, mamy! Te amo! Ainda bem que pudemos felicitá-la pessoalmente, já que ela e papy nos esperavam na Tabaí para desejar uma boa viagem.

Nosso almoço teve local e companhia muito especiais, o pai do Marcelo nos esperava para um maravilhoso café colonial ao som de bandinhas alemãs na Festa da Cuca e do Morango, na cidade de Agudo.

Seguimos (sempre abaixo de muita chuva) para Santa Maria. Onde resolvemos ficar para colocar o papo em dia com o sogrão e com a Ale.

Bjs para todos

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O que nos espera...


Boa noite, amigos!!!

A hora da partida está se aproximando, a nossa ansiedade está grande, e vcs ainda não sabem qual o nosso trajeto. Mas não se preocupem, agora vcs irão conhecer um pouco mais do nosso itinerário... rsrsrsrs
Na verdade este percurso é só uma idéia, não é nada fixo que teremos que cumprir à risca. O espírito da coisa é ir aonde der vontade. Se no meio do caminho resolvermos mudar 180º o trajeto, não pensaremos duas vezes, pois gostamos de viajar assim.

Sairemos do Brasil com direção à Salta, no sopé da Cordilheira dos Andes. Passaremos por lugares lindíssimos, cruzando a Cordilheira e chegando ao Deserto do Atacama, onde faremos uma parada de alguns dias em San Pedro de Atacama, para conhecer as belezas da região. Do Atacama seguiremos em direção ao Oceano Pacífico, que será nosso companheiro por alguns quilômetros, até a chegada ao Peru.

Depois disso, seguiremos para Cuzco, cruzando novamente a Cordilheira, onde chegaremos a altitudes de quase 5000 metros sobre o nível do mar (m.s.n.m.). E dá-lhe folha de coca para suportar a puna (efeitos da altitude). De Cuzco, seguiremos de trem para Machu Picchu, pois não há estradas que levem até a cidade perdida dos Incas.

Sairemos do Peru pelo Lago Titicaca, o lago navegável mais alto do mundo, a 3821 m.s.n.m. Já na Bolívia, vamos à Potosi, cidade localizada a mais de 4000 m.s.n.m., que sustentou a coroa espanhola por um bom tempo, quando chegou a fornecer mais da metade da prata que era produzida no mundo.
De Potosi vamos à Uyuni, visitar o maior salar do mundo, localizado no Altiplano Boliviano.

Deixando Uyuni, desceremos até a Argentina, retornando pela região da Quebrada de Humahuaca. A partir daí, a viagem é uma incógnita, pois não decidimos o trajeto de volta. A escolha dependerá de um único fator: o tempo. Se tivermos com tempo, a idéia é voltar por Córdoba, mas se estivermos no finzinho das férias, voltaremos pelo mesmo caminho da ida, que é o mais rápido.
Acho que era isso pessoal.

Abração.
Fagundes.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Marca registrada



Amigos,
Apresentamos a vocês o adesivo oficial da nossa viagem. Aqueles que percorrerem o mesmo caminho que nós no futuro, vão encontrar nosso rastro. Naqueles pontos clássicos, onde figuram adesivos do mundo inteiro, deixaremos nossa marca também.
Até mais,
Luciane

P.S.: Agradecimentos especiais aos nossos designers Liane e Siço. Valeu!

domingo, 19 de outubro de 2008

Tem que ser de moto!

É incrível a sensação de que quanto mais lugares conhecemos mundo afora, maior é a curiosidade de desbravar novos caminhos. E no nosso caso, vem sempre acompanhada daquela inquietação de que TEM que ser de moto. Por quê? Tem um milhão de motivos, mas o melhor é que é uma viagem totalmente diferente, tanto na lembrança que guardamos dos caminhos pelos quais passamos, quanto no contato com os nativos de cada lugar ou com outros viajantes.

Isso tudo, sem falar no encontro com motociclistas do mundo inteiro, que mesmo com idiomas tão diferentes, falam a mesma língua: o idioma universal da paixão por moto, estrada, belas paisagens e muitas histórias para contar e escutar. Já presenciei, vivi e ouvi cada história pelas estradas dos países pelos quais passamos que certamente fizeram a diferença no que sou e penso hoje. Uma moto é um passaporte que abre muitos caminhos, não só os de asfalto, rípio, terra e areia, mas os da comunicação, da admiração, do companheirismo e do carinho. Todos querem saber tudo, de onde viemos, como foi a viagem, até onde vamos, perguntam muito, elogiam muito, confidenciam sonhos e nós ali, trocando experiências e engrandecendo absurdamente a cada parada para o cafezinho.

Acho que todo mundo sonha em um dia poder pegar uma moto com alguém que ama muito e sair por ai, “easy rider”, sem destino. Pelo menos, é isso que ouvimos a cada parada para abastecer, para o lanchinho, na procura por um hotel, quando pedimos informação e até no banheiro! Mas então porque não realizam seu sonho? As desculpas são inúmeras, para nós todas esfarrapadas. Sempre começam com o pretexto do dinheiro, mas essa desculpa cai por terra quando apresentamos os cálculos de gastos com uma viagem como essa, fora os inúmeros casos que conhecemos daqueles que fazem uma boa e convincente campanha de sua viagem e arrecadam fundos e patrocínios das mais diversas formas. Nesta mesma categoria financeira podemos incluir a clássica “a minha moto é pequena, não é boa para viajar”. Sem pensar muito, vem a nossa mente a imagem de um simpático italiano que conhecemos, estava viajando pelos paises da América do Sul com sua “Vespa”.

Segunda desculpa no ranking: “Não tenho tempo!”. Basta chegar em qualquer motociclista que goste de viajar de moto e pedir umas dicas de roteiro, do tipo “uma semana de ida e volta para o Atacama”, “Ushuaia em 10 dias” e outros do gênero.

Tem também a “quase” boa desculpa do “não tenho idade para essas aventuras”. Ah, não temos que mostrar a foto de um casal de amigos viajantes vindos da Holanda, que conhecemos indo para o Ushuaia. Uma simpatia! Os dois na faixa dos 75 anos. Ela não falava inglês, nem espanhol, mas é no inacreditável “idioma universal do motociclismo” que nos entendemos perfeitamente. E conhecemos essa história que vai ficar para sempre!

Ouvimos também freqüentemente a pergunta “Mas isso não é muito perigoso?”. A frase batida e piegas “Viver é perigoso” cabe como uma luva aqui. Eu, por exemplo, tenho diversos outros medos que ficam bem à frente de viajar de moto. Mas confesso que quando encontramos pela estrada mulheres viajando sozinhas de moto, motociclistas de tênis e calça jeans sob a neve e uma temperatura pra lá de negativa, ciclistas alemães felizes da vida subindo a carreteira austral abaixo de chuva torrencial, e muitas outras “figuras” que encontramos por ai não podemos deixar de pensar: “Isso sim é que é aventura!”

Essas são algumas das inúmeras histórias que nos fazem acreditar que sonhar é maravilhoso, mas realizar um sonho é algo emocionante e principalmente, possível.