Situacao no Peru

Que alivio saber que tomamos a decisao acertada e mudar o caminho rumo ao Peru. Em Arica, quando acordamos na manha de quarta-feira vimos imagens de que a situacao piorou muito pela regiao de Tacna. Conforme o Marcelo postou, os mineradores continuam os protestos, principalmente depois de uma reuniao que manteve tudo na mesma. So que desta vez foi bem mais violento.

Enfim, ñ ter pressa nessas situacoes e o melhor caminho. Seguimos, entao, para a Bolivia, rumo a La Paz. Passamos pela aduana do Chile e na da Bolivia, muuuita espera. O problema era que precisavamos de um documento preenchido por um despachante q so abria as 14h. Na verdade, ja eram 14h, mas ao cruzar a fronteira mudou o fuso e voltamos para as 13h.

Solucao: montar nosso piquenique de comes e bebes em meio as Cholas (descendentes indigenas, q usam uma vestimenta tipica). Ah, depois vou ter q fazer um post somente sobre elas. Ha mto o que contar...
Bom, chegou o tal despachante, fizemos o tal documento da moto e seguimos. A estrada era linda, havia trechos mais montanhosos e uns, interessantissimos com grandes rochas, onde a diversao era achar os formatos de indios, pessoas, passaros...

Foi nesse trecho que vimos as primeiras montanhas nevadas da estrada. Sempre e lindo e surpreendente. Mas tambem e sinal de que vem mais frio. Paramos para dar uma caprichada no agasalho.
Pelo caminho, muitas vilas com casinhas de pedra e barro e muitaaaas cholas, pra la e pra ca, em meio a rodovia. Ah, muitas vacas, ovelhas, lhamas, vicunhas, de tudo... O q exigiu que o Marcelo redobrasse a atencao.

A propina

Chegou o momento de passar pelo famoso pedagio proximo a Chacaltaya, na Bolivia. Tudo como nos relatos. Pagamos o pedagio. E um "caminero" saiu nao sei de onde, mandando encostarmos. E comecou o teatro, mas com um ingresso muito caaaro.

Primeiro, ele perguntou dos documentos (todos, habilitacao brasileira, internacional, carta verde...). Tudo certo! Depois, se tinhamos o kit de primeiro socorros, mostrei meu kit, mas ele mal olhou, viu aspirinas, pomada pra afta, epocler e achou otimo. Veio entao, o segundo absurdo: "Vcs tem extintor para a moto?". Confesso q me segurei para ñ rir. Mas respondemos que ñ. Ele, fazendo cara de triste, trouxe a surpreendente revelacao "Infelizmente , terei q multa-los". Foi ate o posto e voltou com o codigo de transito da Bolivia, mas ñ abriu, e claro! Para mim, as folha eram em branco, so a capinha do tal codigo. Ah, trouxe tb um boleto e disse que a multa seria de 120 bolivianos, o equivalente a +ou- R$37.00. E q teriamos q pagar em um banco, em 24 horas.

Continuei minha encenacao no teatrinho sem graca e perguntei se ñ havia onde comprar o extintor. Ele respondeu q ñ. Engracado se e tao importante como ñ tem para vender? Tudo bem, fomos orientados, por amigos q ja passaram pelo trecho, a manter a calma para que o rombo seja o menor possivel. Ja q desembolsar algo era inevitavel. E contar com a ma vontade do guardinha ñ seria uma boa ideia. Ja houvi casos em que as pessoas tiveram o documento apreendido ate pagar tudo q pediram.

Ficamos bem queridos. Entao, ele foi bonzinho tambem. "Por aqui nao tem banco, ate achar vai atrasar a viagem de vcs, acho q podemos acertar entre nos, o q acham?". Achamos otimo! E comecamos a negociacao, qdo veio mais um policial para botar pressao, eu acho. Bom, depois do nosso teatro de "so temos cartao" em dinheiro so temos isso: fechamos negocio, digo, pagamos por nossa infracao o valor equivalente a R$12.00.

Seguimos viagem. Mas que da raiva, da! Pior q ainda fazem essa funcao e pressao por uns trocados. Ninguem merece!